POBRES TÃO POBRES

Ninguém escolhe em que tipo de família quer nascer. Todos nós nascemos sem o direito ou poder de escolher a nossa origem na terra. Se assim fosse, tudo seria sem graça, ou ainda, teríamos um mundo cheio de pessoas ricas e bem sucedidas, porque, se virmos bem, o homem quer estar sempre bem. Por ser assim o ciclo da vida, a pobreza é inevitável em todos os países.

Em Angola, por exemplo, todos nós temos, até certo ponto, um parente que passa por dificuldades (nalguns casos extremas) ou até mesmo somos mais um pobre no país. Sendo assim, ninguém - absolutamente ninguém - pode ser julgado ou estigmatizado por passar por problemas financeiros. Porém, há uma questão que deve ser tida em conta por todos nós: a probreza não é meramente financeira. Sim, há outras formas de pobreza, e a mais comum, para além da probreza financeira, é a pobreza mental. Muitas são as pessoas que são estáveis financeiramente, mas pobres mentalmente, outras são instáveis financeiramente e ricas mentalmente. Há ainda o caso de outras que são pobres financeira e mentalmente. Quanto a nós, os pobres, devemos ter em conta que nada (nesse caso, a pobreza) é eterno.

A pobreza acaba, mas não é apenas uma questão de imaginação, mas de mentalidade e acção. A mentalidade de certas pessoas ricas é nunca parar e crescer sempre em tudo quanto fazem. Já a de certas pessoas pobres é o conformismo com a pobreza. O que se vê no nosso país são pessoas pobres que reclamam da pobreza mas se engravidam precocemente; pessoas pobres que lamentam a situação que vivem mas o maior entretenimento é o tabagismo e o alcoolismo; pessoas pobres que tendo a mínima oportunidade para estudar, desistem do estudo como se nada fosse.

Boa parte das jovens em Angola com gravidez indesejada vivem em ambientes de carência; boa parte dos jovens que engrenam no mundo do alcoolismo e do tabagismo vivem em ambientes carentes; há ainda os Verdade seja dita: a pobreza traz frustração e isso leva a que certas pessoas acabem por ser dependentes de drogas e se tornem desesperadas. Mas a pobreza não pode, de modo algum, ser motivo de acções inapropriadas, aliás, o mal não se justifica. Ser pobre é uma realidade, mas que não deve ser aceitada por quem passa por ela. Ou seja, não devemos nos conformar com a pobreza. Pessoas pobres devem ser as mais visionárias.

Enquanto não mudarmos a nossa forma de pensar, deixaremos de ser pobres e passaremos a ser “pobres tão pobres”.

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